Usam essas palavras de forma tão corriqueira, sem nem mesmo perceber o que falam, não se dando conta sobre a implicação destas palavras.
Num momento, amam e juram amor eterno e sem mais nem menos, de um dia para o outro, esse amor eterno é esquecido e abandonado, como se nunca tivesse existido.
Amor de palavra, amor de controle, amor de manipulação. Um amor descompromissado da necessidade de pagar o preço das imperfeições e dificuldades do objeto amado.
Sim, porque esse tipo de amor, acaba rapidamente, quando o ser amado apresenta sua "humanidade"...
É uma espécie de idolatria.
Enquanto o outro está no pedestal, só dando, só compreendendo ou só ensinando, o amor é eterno, mas por favor, não ouse precisar... Nem de compreensão, nem de troca de conhecimento e muito menos de perdão!!
Sim, pois se é necessário perdoar, é porque o outro magoou... E se magoou, ele não é tão perfeito como se acreditava que era, então não é digno de amor... Aí é um prato cheio para o abandono cruel, mas justificado...
"Afastei-me pois era muito carente, afastei-me porque era muito pegajoso, afastei-me porque era muito problemático, afastei-me porque..."
Não estou falando que devemos permanecer em relações destrutivas, muito pelo contrário. Estou dizendo que devemos ampliar nosso conceito de amor.
E que devemos ser mais cautelosos quanto a dizer "eu te amo", ou mesmo e principalmente, de acreditarmos nos "eu te amo" que chegam tão rapidamente em nossas vidas.
O amor verdadeiro deve ser construido em cima de bases sólidas, em amizade recíproca, a qual se fortalece a cada deslize humano de nossos parceiros, familiares ou amigos.
Na verdade, o amor deveria dispensar palavas, pelo menos essas três palavras. Pois quem é amado, sabe... sente através dos pequenos gestos de preocupação, de atenção em relação ao seu sentimento, ao perdão dado espontaneamente quando se é magoado, pois sabe que já magoou muitas vezes...
O que eu vejo, são pessoas carentes de amor verdadeiro, que buscam desesperadamente preencher os seus vazios interiores com a ilusão de um amor romântico e idealizado, que perde "sua graça" quando não corresponde ou não consegue atingir o seu objetivo inicial, que é "dar a felicidade" que elas não têm.
Isso leva a um círculo vicioso: busca de amores falsos, idolatria, falta de entrega, desilusão, perca de interesse, abandono, aumento do vazio, busca de amores falsos, idolatria, falta de entrega...
Para se evitar esse círculo de amor doente, deve iniciar pelo auto-conhecimento e pelo amor próprio... Esse é o verdadeiro preenchimento da alma e alicerce da própria felicidade. Independente de se estar sózinho ou acompanhado.
Essa é a base necessária para se aprender a amar verdadeiramente, pois assim, existirá também o perdão às suas fraquezas e consequentemente compreensão às fraquezas e humanidade das pessoas amadas.
Esse é o caminho para ser e fazer feliz, não sendo necessário usar de abandono frio e cruel que fere tantos corações, levando-os à um outro círculo vicioso de amores falsos, abandono, dor, descrença, vazio, amores falsos, abandono, dor...
Um abraço e até o próximo post!
(imagens retiradas da internet)
Dra Maria Lúcia Carvalho
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